A computação em nuvem conquistou espaço de destaque na rotina organizacional, independentemente da área de atuação das empresas. O armazenamento e o gerenciamento de dados e informações é cada vez mais feito via cloud computing e a mudança tecnológica gerou novas necessidades e algumas adaptações.

 

Uma prévia do estudo da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) sobre o mercado nacional de software, com dados coletados em 2017, aponta que o Brasil registrou cerca de US$38 bilhões em investimentos em hardwares, softwares e serviços no ano passado, ocupando o topo da lista na América Latina. Em reais, quase 130 bilhões!

 

A expectativa para 2018 é positiva e, segundo o presidente do conselho da ABES, Jorge Sukarie, “a tecnologia seguirá baseada em cloud, análise de big data, social business e mobilidade” – os quatro pilares da transformação digital, com crescimento estimado em 4,1% em TI.

 

É claro que adesões como essas ocorrem somente devido aos inúmeros benefícios ofertados pela ferramenta.

 

A computação em nuvem gera impactos não apenas relacionados à diminuição de custos e otimização de desempenho, como também oferece vantagens que englobam aspectos técnicos, como infraestrutura abstrata, a contratação de serviços escaláveis e acesso remoto, sem importar a posição geográfica do usuário.

 

Mas como será que podemos calcular o retorno do investimento, o famoso ROI, do cloud computing nas empresas?

 

A primeira coisa a ter em mente é que este cálculo deve adotar uma abordagem mais global, até porque a computação em nuvem não está apenas relacionada à economia financeira da empresa.

 

A análise do ROI do cloud computing nas empresas precisa, porém, considerar outros pontos. Afinal, há agora um valor agregado e uma cultura organizacional que antes eram inexistentes.

 

A métrica de negócios precisa, necessariamente, adaptar-se à transformação tecnológica adotada pela organização para conseguir medir não apenas o que estiver relacionado às finanças, mas também todas as outras questões que fazem parte do pacote chamado de cloud computing.

 

Esta reportagem se baseou em um estudo organizado pelo The Open Group e sugere 8 pontos a serem considerados como indicadores de desempenho para a medição do ROI da nuvem nas empresas. São eles:

 

  1. A velocidade da mudança

Tudo é mais ágil na nuvem. Desde uma adaptação feita de acordo com a rotina organizacional, até a tomada de decisões. Existem perfis pré-desenvolvidos e os índices de transição a novas possibilidades são maiores.

 

  1. O custo total da implementação

A configuração da infraestrutura necessária para atender à demanda da empresa é feita sob medida. Em outras palavras, o gestor não precisa pagar por um serviço que não é de seu interesse ou que os colaboradores não utilizam no dia a dia. Com isso, o custo dos projetos diminui, enquanto a usabilidade da ferramenta aumenta.

 

  1. O abastecimento rápido

Os recursos são escaláveis e trabalham em sincronia com o andamento dos negócios. Uma alteração pode ser feita em segundos, sem comprometer a rotina profissional. Atualizações de softwares e demais dispositivos necessários também ocorrem automaticamente, sem a necessidade de um técnico in loco.

 

  1. Melhores margens e controles de custo

O crescimento da receita e o controle de gastos criam oportunidades de investimentos em novos clientes, treinamentos e funcionalidades.

 

  1. Utilização dinâmica

A disponibilização de serviços on demand mantém o foco no usuário real. Essa elasticidade cria oportunidades de crescimento, uma vez que o software estará sempre em busca de soluções específicas para cada cliente.

 

  1. Melhoria de risco e conformidade

Os programas são mais sustentáveis e permitem usabilidade compartilhada.

 

  1. Capacidade de utilização elevada

A equipe de TI evita o aprovisionamento para mais ou para menos, com o intuito de melhorar serviços mais inteligentes.

 

  1. Melhoria no acesso a habilidades

A tecnologia em nuvem facilita o acesso a novas habilidades e ferramentas através de opções personalizadas.

 

Você já sabe que o ROI é o retorno que a empresa tem sobre o investimento feito em algum processo ou solução. Sabe, também, que o cálculo da métrica é flexível e adaptável, mas que, basicamente, forma a seguinte equação:

 

ROI = (lucro / custo do investimento) x 100

 

Com base no que abordamos, podemos dizer que a medição do ROI do cloud computing nas empresas deve considerar todos esses valores obtidos através da nuvem. Em suma, os benefícios estão conectados a três aspectos gerais: automação, agilidade e eficiência.

 

O cálculo do retorno de investimento da computação em nuvem precisa considerar esses aspectos, que vão muito além do valor econômico. Na dúvida, pergunte-se sobre as mudanças que ocorreram nos tópicos abaixo a partir da implantação do cloud no empreendimento:

 

  • Redução de custos;
  • Aumento da produtividade;
  • Segurança da informação;
  • Armazenamento de informações;
  • Transferência de dados;
  • Infraestrutura necessária.

 

Apesar de intangível, o ROI dos serviços em nuvem precisa ser considerado. Daqui por diante, em se tratando de uma transformação que veio para ficar, para sempre.

Se você ainda tem dúvidas sobre a ligação da transformação digital com o cloud computing nas empresas, dê uma olhada aqui.

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