A indústria de desenvolvimento de software enfrenta desafios significativos relacionados à conclusão de projetos dentro do escopo, prazo e orçamento previstos. Uma análise recente de falhas em projetos de software revela estatísticas preocupantes que destacam a necessidade urgente de melhores práticas de gestão e garantia de qualidade.
Ao longo deste artigo, você confere os números e o quanto eles podem ser mais impressionantes do que se imagina. Além disso, veja até o final e confira os erros mais comuns em projetos de software e como evitá-los.
O problema por trás dos números
Aproximadamente 31,1% dos projetos de software são cancelados antes de sua conclusão, e 52,7% ultrapassam seus orçamentos iniciais em até 189%. Esses números destacam uma tendência preocupante de projetos não apenas falhando em atender aos objetivos iniciais, mas também causando impactos financeiros significativos para as organizações “(Beta Breakers)”.
Além disso, apenas 16,2% dos projetos são concluídos a tempo e dentro do orçamento estipulado. Este baixo índice de sucesso enfatiza a dificuldade em manter as projeções iniciais e a complexidade dos projetos de software em ambiente dinâmico “(Beta Breakers)”.
Inflação do escopo de projetos de software
Falhas na gestão do projeto são um fator significativo para esses resultados, com 47% dos projetos fracassados sofrendo devido a uma gestão de projeto inadequada.
A chamada “inflação de escopo”, ou “scope creep”, onde os requisitos do projeto aumentam além do previsto, ocorre em 78% dos projetos de software, contribuindo frequentemente para o seu fracasso “(Gitnux)”.
A situação é ainda mais complicada pelo fato de que mais de 80% dos gerentes de projetos de software admitem ter lançado produtos sabendo que havia falhas “(Gitnux)”.
Isso não só prejudica a confiança na entrega de projetos, mas também sublinha a importância de integrar práticas robustas de garantia de qualidade desde o início do desenvolvimento do projeto.
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Quais erros evitar em projetos de software
De modo geral, os projetos de software falham porque não envolvem suficientemente os usuários finais durante o desenvolvimento. A falta de feedback real e contínuo pode resultar em um produto que não atende às necessidades ou expectativas dos usuários, levando a uma adoção baixa ou insatisfação do cliente.
No entanto, sabemos que as falhas não se resumem apenas a isso. Por isso elencamos os 12 erros mais comuns:
- Comunicação insuficiente: falhas na comunicação entre membros da equipe e stakeholders podem levar a mal-entendidos e produtos finais que não atendem às expectativas.
- Escopo mal definido: iniciar um projeto sem uma definição clara de requisitos ou objetivos pode resultar em escopo inflado e projetos que são difíceis de controlar.
- Subestimar prazos e custos: estimativas irrealistas podem causar atrasos e exceder o orçamento, afetando a entrega do projeto.
- Negligenciar testes: a falta de testes rigorosos pode levar a bugs e problemas de software que só são descobertos após o lançamento.
- Resistência a mudanças: não adaptar ou não incorporar mudanças durante o desenvolvimento pode resultar em um produto que não reflete mais as necessidades do mercado ou dos usuários.
- Ignorar melhores práticas: desconsiderar as melhores práticas de engenharia de software, como programação em pares, revisões de código e integração contínua, pode aumentar o risco de bugs e problemas de qualidade, além de dificultar futuras manutenções no código.
- Gerenciamento de mudanças deficiente: projetos de software precisam ser flexíveis para adaptar-se às mudanças de requisitos. Um gerenciamento de mudanças deficiente pode levar a custos excessivos e atrasos no projeto, pois as adaptações tardias são geralmente mais custosas.
- Desconsiderar a manutenibilidade: um software que é projetado sem a visão de manutenibilidade pode se tornar difícil e caro de alterar e manter. Práticas como documentação adequada e código limpo e legível são fundamentais.
- Ignorar a dívida técnica: a dívida técnica refere-se a decisões de design ou programação de curto prazo que devem ser refeitas para facilitar futuras melhorias. Ignorá-la pode retardar significativamente o desenvolvimento e aumentar os custos a longo prazo.
- Falha em escalar: não considerar a escalabilidade durante o design e desenvolvimento pode limitar o crescimento futuro do software. Deve-se planejar como o software pode lidar com um aumento no número de usuários ou no volume de dados.
- Sobrecarregar a equipe: colocar muita pressão sobre a equipe pode levar a erros, queda na qualidade e burnout. É crucial manter um equilíbrio saudável de carga de trabalho e assegurar um ambiente de trabalho sustentável.
- Não aprender com os erros: um aspecto vital de qualquer projeto é a capacidade de aprender com falhas e sucessos anteriores. Projetos que não implementam lições aprendidas estão destinados a repetir os mesmos erros, prejudicando sua evolução e eficácia.
Como evitar essas falhas em projetos de software?
Para evitar falhas em projetos de software, é essencial adotar uma abordagem abrangente que inclua o uso de tecnologias avançadas e metodologias atualizadas. A “Platform Engineering“, ou Engenharia de Plataformas, é uma dessas abordagens tecnológicas que pode ajudar a mitigar e até eliminar as chances de erros em projetos de software.
Aqui estão algumas estratégias chave:
Integrar a Engenharia de Plataformas
A Platform Engineering envolve a criação de plataformas auto-serviço que permitem que os desenvolvedores provisionem a infraestrutura e implantem aplicações de maneira eficiente e controlada. Isso reduz a carga operacional e aumenta a agilidade, permitindo que as equipes de desenvolvimento se concentrem mais na qualidade do código e menos na gestão da infraestrutura.
Adotar práticas de DevOps
Implementar práticas de DevOps, que enfatizam a colaboração entre as equipes de desenvolvimento e operações, pode ajudar a acelerar os ciclos de lançamento, melhorar a confiabilidade e aumentar a eficiência. A automação de testes e implantações é um componente crítico dessa abordagem.
Utilização de containers e orquestração
Tecnologias como Docker e Kubernetes facilitam a criação de ambientes consistentes para desenvolvimento, teste e produção. Isso ajuda a eliminar o problema comum de “funciona na minha máquina”, assegurando que o software se comporte consistentemente em todos os ambientes.
Implementação de monitoramento contínuo
Ferramentas de monitoramento e observabilidade permitem detectar e responder rapidamente a problemas no software ou na infraestrutura. Isso não apenas ajuda a resolver problemas antes que se tornem críticos, mas também fornece insights valiosos para futuras melhorias.
Foco na segurança desde o início
A segurança deve ser integrada ao ciclo de vida do desenvolvimento de software desde o início, não tratada como uma reflexão tardia. Isso inclui a implementação de análises de segurança do código, testes de penetração regulares e revisões de segurança.
Capacitação e treinamento contínuo
Investir no desenvolvimento profissional contínuo das equipes é crucial. A compreensão das últimas tecnologias, práticas e ferramentas garante que a equipe não apenas evite erros comuns, mas também utilize as melhores práticas da indústria para entregar software de alta qualidade.
Veja também: Platform Engineering: construa e gerencie plataformas de software
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